quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Lyn
Anjo da morte.Ceifador.
São nomes pelo quais sou chamado. Esse caminho é tudo que sei. Passei pelo inferno, onde toquei nas próprias chamas do diabo.
Minha alma foi queimada até que ficou negra. Estou danificado além do reparo.
Minha vida está enraizada no pecado e na morte. Minhas mãos estão encharcadas com o sangue das minhas vítimas. No final, todos eles imploram por misericórdia, mas sou incapaz de concedê-la.
Aceitei há muito tempo que minha alma pertencia ao demônio. A redenção para um homem como eu não existe, pois não há luz, só trevas em minha vida.
Então eu a vi...
Faina é pura demais. Muito frágil. Muito inocente.
Não tenho o direito de desejá-la. Não posso amá-la. Vou arruiná-la.
Sou muito escuro para a luz dela.
Ela não precisa ver as chamas correndo em minha corrente sanguínea, incapaz de alguém tocar; caso o fizesse, tudo explodiria pior que um vulcão. Então esse anjo não precisa provar minha maldição, minha ruína, minha devastação.
Como posso amá-la, se o ódio é tudo que posso sentir? Tudo que existe em meu peito oco?
Lyn acha que não tem o direito de me tocar. Ele me tem como algo frágil e intocável, mas vou provar que sou forte para lidar com os seus demônios. Não vou desistir, sou teimosa e sei que esse homem em chamas vale a pena, nem que eu precise me tornar a própria fênix só para lidar com suas chamas.
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